Primeiro, deixe-me dizer, escrever em Blog não é coisa pra "viadim", diguin, Mi Mi Mi. É coisa séria. Mas, vamos ao que interessa, lamentavelmente, a homossexualidade continua um tabu na sociedade brasileira e, principalmente em cidade pequena. Assumir-se homossexual, ainda nos dias de hoje, significa aceitar o desafio de travar uma luta contra um país, estado, uma cidade preconceituoso, machista e tradicionalista.
O preconceito não é só imposto pelas religiões, famílias, ou pelo fator
político e social; algumas vezes, é cultivado pelo próprio homossexual.
É preciso se assumir antes de tudo para si mesmo. Entretanto, como a
“autorrejeição” é bastante comum, nem sempre é fácil aceitar a própria condição. Existem homens que ainda namoram e se casam com pessoas do sexo oposto, por obrigação, medo, insegurança, status, vergonha, entre outros motivos.
Para estes que levam vida dupla, o armário é considerado a única saída, o lugar seguro.
Não é difícil entender as dificuldades de alguns gays em se assumir. Há
muitos que insistem em se afirmar héteros, e chegam a perder a cabeça
caso alguém sugira o contrário. Contudo, para a maioria das pessoas que
se relacionam com os escondidos, não há problema nenhum. Sair do armário é opção pessoal. No final das contas, por respeito, quase todos fazem vista grossa, pois entendem que a opção sexual, Ops! Orientação sexual de cada um é algo de foro privado.
O problema começa
quando um homem “no armário” arruma uma parceira apenas como
instrumento de autoafirmação social. Nesse caso, para a mulher é complicado aceitar que seu homem não apenas mente para os outros, mas principalmente para ela. Para a amante enganada, descobrir
a verdadeira orientação sexual do parceiro é na maioria das vezes
traumático. Ser arrastada à força para fora do armário, onde ela nem
sequer sabia que coabitava, não é exatamente agradável. De outro
lado, quando não descobertos, esses maridos e namorados podem permanecer
escondidos a vida toda. Ainda que seja muito alto o custo para todos os envolvidos nessa farsa.
Quase todo mundo sabe de alguma história de mulheres
com companheiros bastante suspeitos. Quem não tem uma amiga vítima da
armadilha sentimental de um homossexual que não se assume para a
sociedade?
Para reconhecer o enrustido, precisa-se ter o tal do “gaydar” – radar de gay. Nem todos, porém, contam com um. Eu principalmente! Vi saber dessa radar outro dia. Enfim, o importante é você ser feliz. Essa coisa de "gaydar" não existe. Pois na verdade, ninguém tem nada a ver com a vida de... se é ou não. Nem deve. É um convite!
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