quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Estão procurando...

Estava eu em pleno almoço, a traçar uma coxa de frango , no restaurante bem conhecido, aqui em Massapê-CE, quando uma criatura que nunca mais havia visto se aproximou. Eu olhei , é claro, ele sorriu. Quem estava com ele acenou, eu dei um sorriso.  E aí o tal não resistiu e me indagou:

“Perdeu, não é? Essa eleição  foi fácil”.

Não resisti e perguntei se era comigo que ele estava falando… Pois quem tinha perdido alguma coisa era ele. Perdido a mulher era ele. Quem tinha pegado "chifre", "galho na cabeça" era ele.  E ele não mais me respondeu.

De volta à minha coxa de frango  – e antes só que mal acompanhado -, fiquei ali, tentando sabe até onde vai ignorância  das pessoas anos e mais anos, em cada período eleitoral, mas não consegui. No máximo consegui lembrar da dinheirama que é  jogada.

A partir daí fui acrescentando em minha cabeça  que as pessoas só dão o que tem.   Mas,  tudo tem exceção. Tenho paixão pelo bons eleitores(as) de Massapê-CE… Mas de uns tempos pra cá descobri que , também,  adoram a politicagem que existe por aqui.  Sim, tem eleitor(a) que gosta é de $$$$!

Mas… Desculpem se pareço inocente.  Não pensem isso de mim, por favor. Ademais, quando vejo esses políticos se fazendo de solidários com os pobres só pra ganhar votos, tenho vontade de jogar pedras neles. Poucos dentre eles sabem o que é pobreza, e os que sabem, mal são eleitos, logo tratam de esquecê-lo.

Já eu, que não posso esquecer minhas origens… Nem aquele menino gordo, desengonçado, feio e pobre que fui, e que, submetido a todo tipo de preconceitos, sofreu horrores… Assim como não posso deixar de dizer a mim a mesmo, todos os dias,  você continua pobre, mas,  vá em frente que um dia você chega lá.

Enquanto pensava em tudo isso… Melhor dizer: enquanto divagava, foi-se a coxa  de frango, o arroz… E restou meia jarra de suco, pois, quando estou só, meia jarra é o meu limite. Foi só quando dispensei a sobremesa e o cafezinho que tal cujo se atreveu a responder:
“desculpa viu, desculpa?”

Eu disse que sim, é claro.  E quando eu saía ele me disse:

“Mas eu gosto de você. Você é gente boa, diferente ... !”

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